Venda de Imóveis Usados no Brasil cresce 90%

19 de fevereiro de 2025

Venda de Imóveis Usados no Brasil cresce 90%

A venda de imóveis residenciais usados em Curitiba e região metropolitana segue em crescimento. O índice de Vendas de Usado Sobre Oferta (VUSO) registrado em março de 2021 (5,4%), é superior ao registrado em março de 2020 (3,7%) e 2019 (2,7%). Os dados são da última pesquisa realizada pelo Instituto Paranaense de Pesquisa e Desenvolvimento do Mercado Imobiliário e Condominial (Inpespar), pertencente ao Sistema Secovi-PR.


A análise do primeiro trimestre reforça a tendência de crescimento. “No segmento de vendas de imóveis usados, esse é o melhor primeiro trimestre dos últimos anos. Para se ter ideia, a média para índice de VUSO nesse período está em 4,9%. Em 2020 estava em 3% e em 2019, em 2,7%”, compara Jean Michel Galiano, presidente do Inpespar e vice-presidente de Economia e Estatística do Secovi-PR.


Menos acentuados, mas também apresentando crescimento no primeiro trimestre de 2021, em comparação com o mesmo período de 2020, estão os índices de VUSO para os imóveis comerciais e o de Venda Sobre Oferta (VSO), utilizado na mensuração das negociações de terrenos, sendo 0,7 ponto percentual no caso dos comerciais e de 0,4 ponto percentual nos terrenos.


Ainda segundo a pesquisa, sete a cada 10 imóveis negociados no período utilizaram financiamento. Luciano Tomazini, vice-presidente de Comercialização Imobiliária do Secovi-PR, explica que o credito farto é uma das características marcantes que acompanham os momentos positivos do mercado imobiliário.


Crédito De acordo com dados do Inpespar, a quantidade de utilização de financiamentos na compra de terrenos e imóveis usados, desde abril de 2020, tem se mantido acima dos 60% dos negócios efetivados. “O Brasil ainda tem um déficit habitacional de quase 8 milhões de unidades e a oferta de crédito ainda é muito mais baixa do que vemos nos demais países em desenvolvimento, por isso o mercado imobiliário é promissor e tem muito a se desenvolver”, frisa Tomazini.


Pandemia também estimula famílias na compra da casa nova


Com mais tempo dentro de casa, motivos não faltam para as famílias desejarem um espaço mais confortável para se adequarem à nova realidade em tempos de pandemia. Em virtude da circulação restrita, algumas delas tiveram menos gastos, resultando em acúmulo de reserva financeira, o que refletiu no aumento das compras de imóveis. Segundo dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), em fevereiro de 2021, o crédito imobiliário foi 95% maior em relação ao ano anterior, um recorde para o setor.


O mercado residencial do Brasil vem mantendo seu bom ritmo de crescimento. “A demanda imobiliária fechou o primeiro trimestre em alta. Considerando o acumulado de janeiro a março/21, mais de 13 milhões de famílias tinham a expectativa de adquirir um imóvel, representando cerca de 81 mil a mais por mês, somente neste primeiro trimestre, mesmo com o estágio agravado da pandemia. Temos que levar em conta também que o cenário econômico do país ficou menos favorável ao consumo. A taxa selic subiu: passou de 2,0% para 2,75% ao ano, isso poderia desestimular a aquisição de imóveis, mas não é o que está acontecendo”, diz Marcus Araujo, CEO e fundador da Datastore.


Devido ao crescimento da procura por imóveis nas grandes cidades, assim como no litoral e no campo, as vendas podem ser ainda mais representativas este ano que em 2020. “Apesar da aprovação de novos produtos imobiliários estar mais lenta por parte das prefeituras em razão do trabalho remoto das equipes, a busca por novos lares está acirrada no segmento. Desse modo, há falta de imóveis disponíveis e um enorme consumo reprimido”, explica Araujo.


A Datastore Series é uma análise completa e gratuita sobre os dados do mercado imobiliário com projeções e análises mensais feitas pela Datastore e Marcus Araujo sobre a movimentação do setor.

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